Depois de meses acelerando acima da média nacional, a inflação de Curitiba e região metropolitana fechou em 0,47% em fevereiro abaixo da média de 0,60% do Brasil e da registrada em janeiro (1,01%). No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação da capital está em 6,27%.
Segundo a gerente de pesquisa do IBGE, Irene Maria Machado, o principal impacto positivo na inflação da capital foi a alta mais comedida dos alimentos e bebidas, que subiram 1,16%, diante de 1,45% na média nacional. Apesar disso, o grupo acumula uma alta de 10,78% nos últimos dozes meses, pressionado por custos de tubérculos, raízes e legumes, hortaliças, carnes, aves e ovos.
Os transportes seguiram também com alta mais moderada, de 0,55%, contra 0,81% do índice nacional, principalmente porque ainda não foi anunciado o reajuste de preços das passagens de ônibus na cidade.
Com a redução da tarifa de energia, anunciada pelo governo federal em janeiro, esse item ficou 18,14% mais barato para as residências em fevereiro. Em compensação, artigos para residência subiram mais 1,10% diante de 0,53% da média nacional. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, também está mais salgada em Curitiba, com reajuste de 1,49% - contra 1,10% da média brasileira. "Esses reajustes mais expressivos estão geralmente relacionadas a cidades com renda mais alta, como é o caso aqui", diz Irene.
Das 11 regiões que integram o IPCA, outras quatro cidades tiveram reajustes abaixo da média: Rio de Janeiro (0,25%), Porto Alegre (0,35%), Goiânia (0,41%) e Belém (0,58%). Seis subiram acima: Recife, com 0,98%, em Belo Horizonte (0,84%), Brasília (0,77%), em Fortaleza (0,72%), Salvador (0,67%) e São Paulo (0,66%).