O IBGE deve divulgar nesta sexta-feira (6) a maior taxa de inflação oficial do país para um mês de janeiro desde 2003, quando o IPCA ficou em 2,25%, apontou levantamento feito pelo Banco Central com as cinco instituições privadas que mais acertam projeções de curto prazo - as chamadas Top 5.
O IPCA, segundo essa avaliação, subirá 1,24% no primeiro mês de 2015.E a tendência é de continuidade da elevação dos preços em fevereiro, quando o índice deve atingir seu pico no acumulado de 12 meses.
Por essa pesquisa, o acumulado de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015 registrará uma alta de 7,14%. A expectativa é de que a taxa continue avançando no mês seguinte e atinja 7,52% em 12 meses, ao final de fevereiro.
Isso porque o grupo espera que o IPCA fique em 1,05% este mês. A partir daí o prognóstico é de desaceleração gradual nas estimativas anualizadas até chegar a 6 93%, em junho.
A partir do segundo semestre, as projeções acumuladas em 12 meses orbitam entre 7,22% (setembro) e 7,43% (novembro). No encerramento do ano, ainda segundo o Top 5, o IPCA registrará uma alta de 7,36%.
O BC, portanto, não conseguirá, na avaliação dessas casas, entregar a inflação nem mesmo dentro do teto da meta, de 6,50% para este ano. O centro perseguido pelo BC é de 4 5%, mas essa taxa já estará acumulada próximo a este patamar em junho (4,26%), ultrapassando a marca no mês seguinte (4,60%), conforme o levantamento.
Previsões
Ao contrário das expectativas para o primeiro bimestre do ano, as previsões para o IPCA de março a dezembro estão todas abaixo de 1%. A maior taxa mensal desse período é aguardada justamente no último mês de 2015 (0,72%). Já a variação mais comportada dos preços este ano deve ser vista em junho, quando o IPCA subirá 0 22% pelos cálculos do Top 5.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem dito desde o final do ano passado que a inflação iria mostrar aceleração no início de 2015, mas que ao longo dos meses a taxa diminuiria por um longo período, fazendo com que o IPCA atingisse o centro da meta no encerramento de 2016.
Esse mesmo conteúdo vem sendo divulgado nos documentos oficiais da instituição, como a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).