A redução na taxa de inflação apurada pelo IPCA, que passou de 0 64% em abril para 0,36% em maio, fez a variação acumulada em 12 meses, de 4,99%, atingir o menor patamar desde setembro de 2010, quando ficou em 4,70%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (6).
Nos 12 meses encerrados em abril, a taxa ficou em 5,10%. Como resultado, o IPCA acumulado em 12 meses manteve a trajetória de desaceleração iniciada na passagem de setembro para outubro de 2011, quando passou de 7,31% para 6,97%.
Cigarros
Embora ainda tenha exercido pressão sobre a inflação em maio, o menor aumento nos preços do cigarro contribuiu para a desaceleração do IPCA, com uma contribuição de 0,04 ponto porcentual. A alta no preço do item passou de 15,04% em abril para 4,64% em maio. O resultado reflete os reajustes de abril, combinados a recuos nos novos preços verificados em maio.
O item contribuiu ainda para o resultado do grupo Despesas Pessoais, que desacelerou de uma variação de 2,23% em abril para 0,60% em maio. Também influenciaram a variação menor do grupo o item empregados domésticos, que subiu 0,66% em maio após uma alta de 1,86% em abril.
Alimentos
A aceleração na inflação dos produtos alimentícios fez o grupo Alimentação e Bebidas exercer o maior impacto de grupo na taxa de maio do IPCA. O grupo saiu de uma variação de 0,51% em abril para uma alta de 0,73% em maio, elevando sua contribuição para o IPCA de 0,12 ponto porcentual para 0,17 ponto porcentual no período.
Os preços dos feijões subiram 9,10% em maio, um pouco menos do que os 10,23% registrados em abril. No ano, a alta acumulada é de 49,25%, como resultado da menor oferta do produto, após a safra ter sido afetada por problemas climáticos e pela redução da área plantada.
Também pesou mais no bolso do consumidor o arroz, que saiu de uma variação de 0,44% em abril para 2,11% em maio. Enquanto o grupo dos produtos alimentícios acelerou a alta, os produtos não alimentícios desaceleraram, passando de 0,68% em abril para 0 25% em maio.