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Feira livre em Curitiba: os alimentos contribuíram para um IPCA menor | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Feira livre em Curitiba: os alimentos contribuíram para um IPCA menor| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Abaixo da média

A inflação de Curitiba em maio ficou um pouco abaixo da média nacional: 0,30% em maio, contra 0,37% no país. Contribuíram para o índice baixo recuos nos grupos Hortaliças e Verduras (-3,24%) e Carnes (-2,27%). Em 12 meses, o IPCA da capital paranaense ficou em 6,18%.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE avançou 0,37% em maio, depois de registrar 0,55% em abril. O resultado ficou em linha com as expectativas do mercado, que, de acordo com o último Boletim Focus do Banco do Central, previa variação de 0,36%. Nos cinco primeiros meses de 2013, o IPCA já subiu 2,88%, contra 2,24% em igual período do ano passado. Já a inflação acumulada nos últimos 12 meses chega a 6,5%, exatamente no limite do teto da meta do governo para este ano que é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A taxa acumulada ficou ligeiramente acima do resultado de abril, cuja taxa acumulada em doze meses estava em 6,49% e abaixo de março, quando chegou a 6,59%. Os principais responsáveis pela desaceleração do IPCA de maio foram os alimentos, que passaram de uma alta de 0,96% em abril para 0,31% em maio. Já os remédios tiveram o maior impacto de alta, com alta de 1,61% que responde sozinha por 0,06% ponto percentual da inflação do mês. "A principal causa do recuo do índices foram os alimentos. Esses preços, apesar de terem continuado a subir, desaceleraram em relação ao mês anterior. Mas no ano, os alimentos já subiram quase 6% e, nos últimos 12 meses, quase 14%", analisa Eulina Nunes do Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.

Entre os alimentos, o destaque foi o tomate, vilão dos meses anteriores, agora foi o principal responsável pelo impacto negativo, queda de 10,31% no preço no mês de maio e sozinho responsável pela redução de 0,04% no IPCA. Mas no ano, o preço do tomate ainda acumula alta de 54,98%.

Os remédios tiveram o maior impacto de alta, com alta de 1,61% que responde sozinha por 0,06% ponto percentual da inflação do mês. O aumento de maio, somado aos 2,99% registrados em abril, totaliza 4,80%, que foi o reajuste autorizado pelo governo para os medicamentos em 31 de março.

O grupo de transportes também ajudou a segurar a inflação, passando de uma queda de 0,19 em abril para 0,25% em maio. Foi resultado do preço do etanol que caiu 1,97% em maio.

Previsão

Efeito matemático faz com que junho deva repetir "estouro" do índice

Mesmo que os alimentos mantenham sua trajetória de queda neste mês e o IPCA volte a recuar, a tendência para junho é que a inflação acumulada em 12 meses volte a estourar o teto da meta de 6,50%, previsto pelo governo para este ano. O dado acumulado dos últimos doze meses é calculado incluindo a taxa do mês atual e retirando sua correspondente do ano anterior. Assim, a conta incluirá a inflação de junho de 2013 e retirará o IPCA de junho de 2012. "Nos últimos 12 meses, a inflação ficou no mesmo nível da do mês anterior, porque trocamos o IPCA de maio deste ano (0,37%) por um muito semelhante (0,36%). Em junho vamos trocar a taxa de 0,08%, de junho do ano passado, por uma taxa de que ainda esta por vir. Mesmo que o resultado continue a decrescer, pode ser que tenha um resultado maior nos últimos doze meses até por um efeito matemático" diz Eulina dos Santos, do IBGE.

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