Mantega: IPCA de julho mostra que inflação sempre esteve sob controle

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou "muito bom" o resultado, em julho, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial

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Após período de maior pressão sobre os preços de alimentos, o ritmo de alta da inflação em julho caiu e o acumulado em 12 meses voltou a ficar dentro da meta estipulada pelo governo para o ano.

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O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial e referência do sistema de metas do governo, registrou alta de 0,03%, abaixo dos 0,26% apurados em junho. O resultado do índice foi pior do que o esperado pelo mercado, de estabilidade.

Com o resultado, a taxa acumulada de janeiro a julho ficou em 3,18%. Já a inflação em 12 meses somou uma variação positiva de 6,27%, abaixo do teto da meta do governo (6,5%).

Neste ano, o teto da meta foi estourado em março (6,59%) e em junho (6,7%).

O IPCA é pesquisado mensalmente em nove regiões metropolitanas e duas capitais do país (Brasília e Goiânia) para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.

Alimentação e Transportes desaceleram IPCA em julhoA desaceleração do IPCA registrada na passagem de junho para julho foi puxada principalmente pelos segmentos de Alimentação e Bebidas e de Transportes. Juntos, os dois grupos foram responsáveis por uma retração de 0,21 ponto porcentual no índice de julho, que apurou alta de 0,03% frente ao mês anterior.

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De acordo com o IBGE, as tarifas de ônibus urbanos ficaram 3,32% mais baratas no período, liderando a relação de impactos para baixo, com -0,09% ponto porcentual. Ainda no segmento de transporte público, as tarifas de ônibus intermunicipais apresentaram deflação de 1,69%; de trens, taxa negativa de 4,13% e de metro, deflação de 4,97%. Segundo o IBGE, das onze regiões pesquisadas, sete apresentaram deflação em julho.

INPC de julho fica recua 0,13%, informa o IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) caiu 0,13% em julho, após ter registrado alta de 0,28% em junho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 7, pelo IBGE. Em 2013, o índice já acumula alta de 3,17% e de 6,38% em 12 meses.

Custos com empregados domésticos têm maior impacto sobre a inflação

O custo com empregados domésticos teve alta de 1,45% em julho, com aumento acumulado de 11,41% em 12 meses, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Foi o maior impacto positivo (0,056 ponto percentual) sobre o IPCA de julho, que teve alta de 0,03%.

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"A oferta de empregados domésticos está muito reduzida com as profissionais procurando outras atividades", afirma Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE. Eulina diz também que muitos empregadores aumentaram os salários dos profissionais, como forma de retê-los. A nova legislação da categoria, diz, também valorizou as faxineiras.

Outras pressões sobre a inflação ocorreram do leite (alta de 5,06% em julho), aluguel (0,83%) e lanche (1,24%). Na outra ponta, ajudaram a abrandar a inflação no mês passado os ônibus urbanos (-3,32%), após a revogação das tarifas, o tomate (-27,25%), a cebola (-10,90%), o feijão carioca (-4,96%) e a batata inglesa (-4,87%).

Alimentos Ajudaram

Após período de maior pressão sobre os preços de alimentos e com a revogação do aumento das passagens de ônibus em diversas capitais, o ritmo de alta da inflação em julho caiu e o acumulado em 12 meses voltou a ficar dentro da meta estipulada pelo governo para o ano.Ao marcar 0,03% em julho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) -índice oficial e referência do sistema de metas do governo- ficou bem abaixo dos 0,26% apurados em junho e registrou a menor a variação desde julho de 2010.

Com o resultado, a taxa acumulada de janeiro a julho ficou em 3,18%. Já a inflação em 12 meses continua acima dos 6%, com variação positiva de 6,27%.Apesar disso, voltou a ficar abaixo do teto da meta do governo (6,5%). Neste ano, o teto foi estourado em março (6,59%) e em junho (6,7%). "Basicamente dois grupos, importantes nas rendas das famílias, ajudaram muito a conter a inflação: os alimentos e os transportes", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Os dois grupos têm juntos peso de 43,8% sobre o índice, sendo as despesas mais importantes no orçamento das famílias.Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas registrou deflação de 0,33% -o que não ocorria desde julho de 2011, quando apresentou queda de 0,34%.De acordo com Eulina, esse movimento ocorre com a "safra muito grande" deste ano, o que ajuda a reduzir a pressão sobre o preço dos alimentos.Para visualizar este conteúdo é preciso atualizar a versão do seu plugin Flash Player.

Transporte

A revogação do aumento das passagens de ônibus em diversas capitais, após as manifestações que ocorreram no país, també contribuíram e o grupo dos Transportes teve queda de 0,66%. As tarifas dos ônibus urbanos ficaram 3,32% mais baratas e lideraram a relação dos impactos para baixo, com -0,09 ponto percentual.

O IPCA é pesquisado mensalmente em nove regiões metropolitanas e duas capitais do país (Brasília e Goiânia) para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.