A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,60% em novembro, diante de uma variação positiva de 0,59% em outubro e de 0,52% novembro do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior valor desde abril de 2012, quando o índice de inflação subiu 0,64%.
Com o resultado, a inflação acumulada em 2012 até novembro é de 5,01%, bastante abaixo dos 5,97% registrados em igual período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a alta é de de 5,53%, acima dos 5,45% relativos aos doze meses imediatamente anteriores a outubro.
Os vilões da inflação em novembro foram as passagens aéreas, que subiram em média 11,80%, e o preço da energia elétrica, que teve forte alta em Belém e no Rio de Janeiro.
Alimentação, vestuário e habitação
O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,79%, a maior do mês, mas o resultado ficou bastante abaixo do 1,36% registrado em outubro. Em seguida ficaram os grupos vestuário, com alta de 0,86% - ante 1,09% no mês passado - e habitação, que subiu 0,64% - contra 0,38%.
As despesas com habitação aumentaram de um mês para o outro, segundo o IBGE, devido principalmente à energia elétrica. O preço da conta de luz acelerou para 1,38% em novembro após ter registrado queda de 0,24% em outubro. A alta veio da variação de 6,01% no Rio de Janeiro e de 4,93% nas contas de Belém.
Transportes
O segmento de transportes teve valorização de 0,68%, bastante acima dos 0,24% no mês passado, influenciados principalmente pelo preço das passagens aéreas. Os bilhetes de avião custaram, em média, 11,80% a mais em novembro e se constituíram no principal impacto do mês para o índice: 0,06 ponto percentual ou 10% de toda a inflação de novembro.
O grupo foi influenciado também pela alta da gasolina, que foi de 0,75% em outubro para 1,18% no mês passado, pelo preço do litro do etanol, cuja variação de 0,04% em outubro passou para 0,63% em novembro, e pelos automóveis novos, que foram de 0,32% para 0,52%.
IPCA e meta
O IPCA é o índice oficial da inflação, utilizado pelo governo como meta para controlar a alta de preços. O centro da meta é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Ele é calculado pelo IBGE desde 1980 e mede a inflação das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos. A coleta dos dados envolve nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia.
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