A aceleração dos preços do setor de serviços e a desvalorização cambial foram alguns dos motivos.| Foto: Imagem de Joel santana Joelfotos por Pixabay
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou sua previsão de inflação para este ano, elevando-a de 4% para 4,4%, quase o teto da meta previsto em 4,5% O aumento reflete a aceleração dos preços no setor de serviços e a desvalorização do real, conforme dados do relatório divulgado nesta quinta-feira (26).

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A Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea destacou que a economia está apresentando um desempenho robusto, o que tem gerado um mercado de trabalho aquecido. No entanto, isso também resulta em pressões inflacionárias persistentes, especialmente nos preços dos alimentos, da energia e dos combustíveis, o que indica que a desinflação no Brasil será mais lenta do que o previsto anteriormente.

Em agosto, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,2%. O relatório identifica os reajustes nos preços administrados, como gasolina, planos de saúde e medicamentos, como principais responsáveis pela pressão inflacionária recente.

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Além disso, a alta nos preços de alimentos e bens industriais também contribui para esse cenário, refletindo a elevação nos custos de matérias-primas, impulsionada tanto pela alta das commodities no mercado internacional quanto pela forte desvalorização cambial.

No que diz respeito aos serviços, o Ipea aponta que a demanda aquecida e o aumento dos custos de mão de obra, decorrentes de um mercado de trabalho mais dinâmico, são fatores que continuam a exercer pressão sobre os preços.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]