A inflação vai desacelerar em 2011, mas ainda ficará acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,5%, que tem margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. A avaliação é de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que divulgaram hoje o relatório Conjuntura em Foco.
Na avaliação da técnica Maria Andreia Parente, a inflação será menor do que a registrada em 2010, que foi de 5,91% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, mas ainda longe do ideal. Segundo ela, continuarão a pressionar a inflação o emprego e renda em alta, que estimulam o consumo. Por outro lado as primeiras projeções de safra agrícola já indicam redução da pressão dos alimentos responsável pela atual alta da inflação.
Ela também apontou o câmbio valorizado e a maturação de investimentos produtivos para conter os preços dos produtos industrializados. Segundo Andreia, a principal preocupação este ano deve ser a alta dos preços do setor de serviços, que se mantém acelerada.
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