Atualizado em 05/12/2006 às 19h47
O Instuto de Pesquisa Ecônomica Aplicada (Ipea) prevê que a economia brasileira vá crescer só 2,8% neste ano e 3,6% em 2007. Esta é a segunda vez consecutiva que o boletim de conjuntura do Ipea reduz a estimativa de crescimento da economia. A previsão anterior, divulgada em setembro, era de expansão de 3,3% e, a de junho, de 3,8%.
A projeção ficou próxima da estimativa do mercado, que indica, em média, um avanço de 2,86%, segundo pesquisa do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. As apostas em um crescimento mais fraco em 2006 foram reforçadas depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na semana passada, os dados referentes ao ritmo de atividade do país no terceiro trimestre . A economia cresceu apenas 0,5% ante o período abril-junho e 3,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2005.
De acordo com os dados do Ipea, instituto ligado ao Ministério do Planejamento, a indústria brasileira deve crescer 3,2% neste ano, uma queda de um ponto percentual em relação à estimativa anterior.
A agropecuária, por sua vez, deve expandir 3,0%, um pouco acima dos 2,3% projetados no levantamento passado.
O instituto manteve em 6,0% sua estimativa para a expansão da formação bruta de capital fixo - que inclui a compra de máquinas e equipamentos, além da construção civil e dá uma medida do investimento na produção.
O Ipea prevê ainda que, em 2007, a inflação medida pelo IPCA será de 4,3%. Para este ano, a previsão é de 3,1%.
Segundo o boletim do Ipea, a balanca comercial terá um saldo de US$ 44,3 bilhões este ano e de US$ 37,2 bilhões no ano que vem.