O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, revisou para baixo sua estimativa de crescimento do PIB no ano, de 3,8%, previstos em junho, para 3,3%. Em 2007, a previsão de crescimento do país é de 3,6%.
A estimativa vai de encontro à previsão feita nesta terça-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que a economia poderia crescer 4% ao longo de 2006.
A afirmação foi feita depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na semana passada que o PIB do país cresceu 0,5% no segundo trimestre do ano . Este foi o pior resultado entre os países emergentes.
Em seu boletim, divulgado nesta quarta-feira, o instituto também estima que o consumo privado das famílias, dentro do PIB, crescerá em um ritmo menor, de 4,3%. A estimativa anterior era de 4,8%.
O crescimento da formação bruta de capital fixo - taxa que mede o volume de investimentos do país - foi revisto de 7,% para 6%.
O crescimento da indústria dentro do PIB também foi revistado para baixo - de 5,3% para 4,2%.
Inflação - O Ipea também revisou para baixo sua o IPCA, usado como índice oficial de inflação do governo. A estimativa passou de 4,4% para 3,2% - bem abaixo do centro da meta de 4,5%. A previsão de inflação para 2007 é de 4,5%.
O IBGE divulgou nesta quarta-feira que a inflação de agosto, meedida também pelo IPCA, ficou em 0,05% - abaixo do esperado por analistas, de 0,21%.
A previsão do Ipea para a taxa Selic na média do ano ficou estável, em 15,4%. O Ipea acredita que a taxa média do dólar no período será de R$ 2,19. A previsão inicial era de R$ 2,25.