O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (15), que o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos, que foi reduzido em janeiro deste ano, vai seguir o cronograma estipulado pelo governo federal em junho e, com isso, voltará a subir de outubro em diante.
"O cronograma será cumprido. Não vejo motivos para mudá-lo", afirmou o ministro da Fazenda a jornalistas, após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Para carros populares, de até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para zero e, para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, recuou de 13% para 6,5%. Para carros flex (bicombustível) e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Entretanto, não houve alteração para veículos com mais de duas mil cilindradas.
Aumento de outubro em diante
Segundo informações da Receita Federal, o IPI de carros de até mil cilindradas, que está zerado, subirá para 1,5% em outubro, para 3% em novembro e para 5% em dezembro, retornando ao patamar anterior de 7% no dia 1º de janeiro de 2010.
Já o IPI para carros de mil a duas mil cilindradas à gasolina, que está em 6,5%, subirá para 8% em outubro, para 9,5% em novembro e para 11% em dezembro deste ano, voltando ao patamar antigo, de 13%, em janeiro do ano que vem.
Para os carros flex, com mais de mil cilindradas, o IPI, que atualmente está em 5,5%, subirá para 6,5% em outubro, para 7,5% em novembro e para 9% em dezembro, sendo a tributação anterior, de 11%, retomada no início do ano que vem.
Preço depende de cada empresa
O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Scheneider, também presente à reunião do CDES em Brasília, afirmou que os preços dos carros são definidos por cada empresa. "Se vai reduzir a margem [de lucro] ou vai subir o preço, é um jogo comercial. Se vai ter aumento de preço, ou não, isso vai depender de cada empresa", afirmou ele.
Fundos de investimento
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ainda nesta terça-feira (15) que o governo não mudará a tributação dos fundos de investimentos neste ano, como chegou a ser anunciado anteriormente. Segundo ele, não houve a migração de recursos dos fundos para a poupança como se imaginava com a queda dos juros básicos da economia. "Não há necessidade porque o mercado ficou bastante estável. Não há necessidade de se diminuir o tributo neste ano", afirmou.