Setor de veículos importados prevê 10 mil demissões

Os maus resultados de vendas do primeiro semestre, com redução de 21,6% nos emplacamentos em comparação ao mesmo período de 2011, levaram a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) a prever que o número de empregos no setor caia em 2012 para 25 mil, ante 35 mil em 2011, um recuo de 29%

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A alíquota adicional de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a valorização do dólar fizeram as vendas de veículos importados sem fábrica no país recuar 21,6% no primeiro semestre. Os emplacamentos das empresas filiadas a Abeiva (associação que reúne os importadores) somaram 70.971 unidades de janeiro a junho.

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A entidade reúne desde marcas de luxo, como Ferrari e Porsche, até fabricantes de modelos mais populares, como Jac e Chery.

No mesmo período, as vendas do mercado total do país ficaram praticamente estáveis.

Desde o final do ano passado, os modelos importados passaram a pagar um adicional de 30 pontos percentuais no IPI. O imposto foi elevado para veículos com menos de 65% de conteúdo nacional como forma de proteger a produção local.

Os importadores também foram afetados pela valorização do dólar neste ano. No semestre, a moeda subiu 7,5%, para valor próximo de R$ 2.

Diante da retração nas vendas, caiu também a participação dos importadores no mercado brasileiro. As marcas estrangeiras representaram 4,35% das vendas no primeiro semestre deste ano, ante 5,53% nos seis primeiros meses de 2011.

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A Abeiva negocia com o governo medidas para aliviar o impacto do adicional de IPI aos importados. Uma das hipóteses em discussão é a adoção de um sistema de cotas que ficariam de fora da elevação na alíquota.