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Sem incentivo

IPI para linha branca e móveis sobe a partir de 2ª-feira

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que as algumas alíquotas reduzidas do IPI, que vencerão no fim de junho, serão parcialmente retiradas | Valter Campanato / Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que as algumas alíquotas reduzidas do IPI, que vencerão no fim de junho, serão parcialmente retiradas (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

A partir de segunda-feira (1º), os móveis e três produtos da linha branca – fogão, tanquinho e geladeira – pagarão mais Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que as alíquotas reduzidas, que vencerão no fim de junho, serão parcialmente aumentadas. Também será revogado, em parte, o imposto reduzido para laminados, luminárias, painéis de madeira e papéis de parede. De acordo com o ministro, a remoção gradual das desonerações ajudará a manter o equilíbrio fiscal. O governo estima que vá arrecadar R$ 118 milhões a mais entre julho e setembro por causa da medida.

"A recomposição de tributos estava anunciada desde o início do ano", declarou Mantega. Ele também ressaltou que não existe mais espaço fiscal para novas desonerações, como as pedidas por produtores de aço na última terça-feira (25). "Temos de colher frutos das desonerações aplicadas e em curso, mas também temos de melhorar a arrecadação e o desempenho fiscal. Em função disso, novas desonerações não estão previstas", acrescentou.

As novas alíquotas valerão até o fim de setembro. O IPI sobe de 2% para 3% no caso dos fogões, de 7,5% para 8,5% para geladeiras, de 3,5% para 4,5% para tanquinhos. Para móveis, painéis de madeira e laminados, a alíquota passa de 2,5% para 3%. Para as luminárias, o imposto aumenta de 7,5% para 10%. O IPI para papéis de parede subirá de 10% para 15%. Para máquinas de lavar, o imposto está definitivamente mantido em 10% desde o ano passado.

Mantega disse ainda que pediu aos empresários que não repassassem o imposto maior para os preços. "Conversei com o setor, e os empresários me informaram que procurarão absorver o aumento de tarifas de modo que o preço não se eleve. O setor fará um esforço para não venha prejudicar vendas, nem aumentar a inflação", declarou. "Os setores vão procurar absorver o aumento de tarifas de forma que preço não se eleve. Tanto o varejo quanto o setor produtor farão esforço para manter os preços atuais", disse Mantega.

Ainda assim, afirmou o ministro, os empresários se queixaram do aumento de custos de alguns insumos e componentes. "Ficamos de estudar o que fazer para impedir que haja um aumento de custos para a produção que possa ser repassado para o consumidor final. O nível de vendas desses produtos teve crescimento moderado nesses primeiros cinco meses do ano e, portanto, deve continuar tendo esse desempenho", completou.

Copa

A entrevista coletiva, marcada para 18h, começou com quase uma hora de atraso. Ao chegar ao auditório do ministério, jornalistas perguntaram ao ministro sobre o jogo da Copa das Confederações entre Espanha e Itália, que havia terminado alguns minutos antes, com vitória dos espanhóis. "Eu estava torcendo para Itália ganhar porque ela é um adversário melhor para o Brasil", disse Mantega. "Na verdade, nem sabia que tinha o jogo" afirmou em seguida.

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