A duas semanas do fim do prazo oficial de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, modelos de maior saída desapareceram das concessionárias. A maioria dessas versões só tem entrega prevista para julho, quando o benefício terá acabado, caso o governo decida suspender a medida que zerou a alíquota do imposto para modelos 1.0 e cortou à metade a de carros com até 2.0 de potência.

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A redução, em vigor desde dezembro do ano passado, inicialmente teria validade por três meses, mas foi prorrogada por mais três, com prazo de vencimento em 30 de junho. Agora, o governo estuda se mantém o corte - que reduziu os preços dos carros novos entre 5% e 7% -, se aumenta o IPI gradualmente ou se retoma a alíquota normal, de 7% a 13%. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, voltou ontem a dizer que é contra a nova prorrogação e a retomada gradual das alíquotas. Ele defendeu a manutenção do corte apenas para o setor da construção civil, pois a medida iria ao encontro do programa habitacional do governo de construção e financiamento de casas populares.

O ministro admitiu, porém, que negociações sobre o tema entre governo, montadoras e sindicatos ainda não começaram, o que deve ocorrer na última semana do mês. "Até o último momento vou dizer que sou contra a prorrogação", disse Miguel Jorge, ao citar representantes do setor automotivo que alegam que "toda vez que se fala em prorrogação, diminuem as vendas". Na dúvida, os consumidores tentam antecipar compras, mas enfrentam falta de produtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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