A abertura de capital da BR Distribuidora poderá acontecer ainda este ano, caso as condições de mercado sejam favoráveis, disse na quinta-feira o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Ele afirmou, em coletiva de imprensa na sede da empresa no Rio de Janeiro, que os bancos que vão contribuir com a operação ainda estão sendo definidos.

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Duas fontes disseram à Reuters em meados de julho que até o momento a Petrobras contratou Citi, Banco do Brasil, Itaú BBA, Bradesco BBI e BTG Pactual para coordenar a oferta de ações da BR Distribuidora.

“Faz parte sim, dentro do processo de abertura de capital de uma empresa, você ter um conjunto de bancos, não só ‘advisors’, mas também de colocadores de mercado. A gente está finalizando a escolha desses bancos, mas ainda não há uma decisão tomada de quais serão”, afirmou o presidente.

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Questionado se a Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) será neste ano, Bendine afirmou que “se o mercado assim o permitir, assim o faremos”.

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Estudos

No início de julho, a diretoria executiva informou em comunicado ao mercado que havia autorizado a elaboração de estudos para analisar alternativas estratégicas para a subsidiária BR Distribuidora. Na ocasião, a petroleira explicou apenas que dentre as possibilidades que seriam exploradas estavam a atração de um sócio estratégico e a abertura de capital, tornando a subsidiária uma companhia listada no Novo Mercado da BM&FBovespa.

Em abril, Bendine já havia mencionado que processos públicos seriam bem-vindos, mas não adiantou planos da oferta pública inicial da BR Distribuidora na época.

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O presidente da Petrobras disse ainda, nesta sexta-feira, que a companhia espera recuperar todos os mais de RS$ 6 bilhões que foram identificados por ela como desviados em corrupção, na esteira da Operação Lava Jato.

“A Petrobras não lançou só 6 bilhões de reais de perdas com corrupção, ela lançou também um teste de paridade dos seus ativos, onde poderiam estar incluídos sobrepreços ou más práticas em relação a esse tema. Na verdade, esse valor lançado em seu balanço foi acima de RS$ 50 bilhões”, comentou Bendine.

As declarações foram feitas na saída de um evento em que o Ministério Público Federal devolveu simbolicamente mais RS$ 69 milhões à Petrobras, restituindo perdas da estatal com propina.