São Paulo - O Brasil é o lugar mais caro do mundo para se comprar um iPod nano. No país, o aparelho da Apple custa US$ 372,71, muito acima dos US$ 222,27 cobrados na Índia, o segundo pior colocado no ranking. O país mais barato é o Canadá, onde ele custa US$ 144,20.
Em 11 países, o preço do iPod é mais barato do que na China, onde são fabricados os aparelhos e, portanto, o custo do frete é zero. No país asiático, ele custa US$ 179,84. Os Estados Unidos são o quarto país mais barato: US$ 149,00.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Commonwealth Bank, da Austrália. A instituição usou o iPod Nano de 2 gigabytes para comparar moedas mundiais e o poder de compra em 26 países. Procurada, a Apple respondeu por sua assessoria de imprensa que não se pronunciaria sobre o porquê de o Brasil liderar o ranking.
A intenção da pesquisa da instituição australiana é criar um concorrente ao índice Big Mac, criado há 20 anos pela publicação britânica "The Economist". O levantamento da revista calcula a relação entre o preço do sanduíche do McDonalds nos Estados Unidos e o seu valor em dólares em determinado país o percentual resultante dá uma medida da relação entre as duas moedas.
Para o Commonwealth Bank, o índice iPod é muito mais preciso do que o Big Mac. Conforme a instituição, o levantamento que leva em conta o aparelho da Apple tem menos chances de sofrer distorções pelos custos e tarifas locais do que o seu rival.
"A principal diferença entre o iPod e o Big Mac é que os Big Macs são feitos em uma série de países, enquanto os iPods são fabricados em sua maioria na China", disse o economista-chefe do Commonwealth Securities, Craig James.
"Assim, um iPod nano deveria, de maneira geral, ter o mesmo preço em qualquer lugar do mundo. Se houver diferenças substanciais de preço, os consumidores comprarão em outros países, especialmente com o poder oferecido pela internet", complementou James.
O economista afirmou que os resultados sugerem que a moeda norte-americana tem espaço para crescer contra uma série de importantes divisas. As exceções são os dólares de Hong Kong e do Canadá e o iene japonês.
A paridade do poder de compra compara os preços de produtos em diferentes países e ajuda a mostrar, no mínimo, se uma moeda está desvalorizada em relação a outra. Entretanto, os resultados podem ser influenciados por diferentes políticas de preços que a Apple pode aplicar em partes distintas do mundo, afirmou James.
"Os resultados do índice iPod não fazem a alegria dos responsáveis por política monetária dos Estados Unidos. Eles querem que o yuan se aprecie, e não caia em relação ao dólar", disse o economista.
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