O Irã não irá reduzir as exportações de petróleo por causa da disputa com o Ocidente envolvendo seu programa nuclear, afirmou neste sábado o ministro do Petróleo do país islâmico Kazem Vaziri.
Os preços do petróleo vêm atingindo níveis recordes, ultrapassando 75 dólares por barril, impulsionados por preocupações de que as exportações do Irã, o quarto maior exportador mundial da commodity, possam ser interrompidas.
"Acreditamos seriamente que não há razões para sanções, mas em todo caso não iremos cortar nossas exportações", disse o ministro.
O Conselho de Segurança da ONU pode considerar aplicar sanções contra o país depois de estudar um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a ser divulgado no dia 28 de abril, que irá dizer se o Irã está atendendo às demandas para parar de enriquecer urânio.
"Durante os oito anos de guerra com o Iraque nós nunca paramos de exportar", acrescentou ele.
A maior parte das exportações de petróleo do Irã vão para o Extremo Oriente, e a maior parte das vendas para a Europa vão para França, Itália, Espanha, Grécia e Turquia.
"Continuaremos cumprindo nossas obrigações com todos os nossos clientes", disse Vaziri.
O Irã também preocupa os EUA com um acordo que pode assinar com a Índia e o Paquistão para a construção de um gasoduto, projeto ao qual os EUA se opõem.
Segundo o ministro do Petróleo paquistanês, Amanullah Kahn, só questões técnicas precisam ser resolvidas para que o acordo seja assinado.
O gasoduto de custo estimado em 7 bilhões de dólares deve ligar as abundantes reservas iranianas de gás natural à crescente economia indiana.
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