A marca Itaú é a mais valiosa do Brasil em 2011, estimada em R$ 24,296 bilhões, segundo ranking elaborado pela consultoria para estratégia e identidade de marcas Interbrand. Esse valor superou em 18% a avaliação realizada pela empresa no ano passado. O Bradesco ficou na segunda colocação, com uma marca calculada em R$ 13,633 bilhões e uma valorização de 10% em relação ao ano passado.
A Petrobras ficou na terceira posição do ranking, com a marca avaliada em R$ 11,608 bilhões, montante 7% acima da medição do ano passado. Em seguida aparecem o Banco do Brasil e a Skol, com valores de marca, respectivamente, de R$ 11,309 bilhões (+8%) e R$ 7,277 bilhões (+10%).
Segundo o diretor-geral da Interbrand no Brasil, Alejandro Pinedo, essa foi a primeira vez em que as cinco primeiras marcas colocadas no ranking são as mesmas do ano anterior. Itaú, Bradesco, Petrobras, Banco do Brasil e Skol representaram quase 75% do valor total das 25 maiores marcas, que de forma conjunta estão avaliadas em R$ 92 bilhões.
"Essa concentração é um sinal de maturidade destas marcas e dos gestores responsáveis por elas. Sempre fomos um país com muitas empresas valiosas, mas poucas marcas valiosas. Aos poucos, este cenário vem mudando e as marcas brasileiras começam a atingir valores expressivos. Ainda assim lhes faltam consistência, visibilidade, reconhecimento e presença internacional para que possam figurar entre as marcas globais mais importantes", afirmou.
Pinedo destacou que a valorização das marcas, sobretudo dos bancos, que lideram o ranking, reflete o desempenho econômico acima da média do Brasil em relação a outros países durante a crise financeira internacional. O diretor executivo de marketing do Itaú Unibanco, Fernando Chacon, ressaltou em nota que, em comparação com 2008, quando ocorreu a fusão com o Unibanco e a marca Itaú estava avaliada em R$ 10,552 bilhões, houve uma valorização neste período de 130% da marca.
"O Itaú Unibanco está atento às mudanças do mundo e ao impacto delas sobre seus negócios. Entendemos o banco como um agente transformador e essas mudanças apontam de forma contundente para a necessidade de diferenciação. Mas não a diferenciação pura e simples, e sim uma diferenciação que entregue relevância com otimismo e objetividade", disse Chacon.
Na sequência do ranking de valor das marcas estão Natura (R$ 5,666 bilhões), Brahma (R$ 4,351 bilhões), Vale (R$ 2,656 bilhões), Antarctica (R$ 2,013 bilhões), Vivo (R$ 1,7 bilhão), Lojas Renner (R$ 835 milhões), Lojas Americanas (R$ 703 milhões), Embratel (R$ 619 milhões), Cielo (R$ 604 milhões), Cyrela (R$ 587 milhões), Caixa (R$ 563 milhões), Oi (R$ 514 milhões), Banrisul (R$ 501 milhões), Extra (R$ 496 milhões), Casas Bahia (R$ 447 milhões), Braskem (R$ 422 milhões), Pão de Açúcar (R$ 389 milhões), NET (R$ 323 milhões), Ponto Frio (R$ 232 milhões) e Hering (R$ 209 milhões).
Em termos de valorização da marca neste ano, em relação a 2010, os maiores crescimentos porcentuais foram da Hering (+45%), Natura (+22%), Banrisul (+22%) e Brahma (+21%). Já as marcas Cielo, Caixa, Extra, Casas Bahia, Pão de Açúcar e Ponto Frio estrearam no ranking, enquanto a Vale retornou ao levantamento.
Para chegar aos resultados, a Interbrand avalia o desempenho financeiro das empresas, medindo a capacidade de captura da preferência dos consumidores e a probabilidade de geração de receitas futuras. Os critérios para o ingresso no levantamento são: ser originária do Brasil, estar listada na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ou publicar informações contábeis e financeiras, gerar lucro intangível, informar a receita individual das marcas e ser amplamente reconhecida nos seus principais mercados.