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O Itaú superou o Bradesco e assumiu o posto de maior banco privado do Brasil em ativos, conforme dados de setembro divulgados no site do Banco Central. No encerramento do terceiro trimestre, o Itaú tinha ativos totais de R$ 201,3 bilhões, contra os R$ 195,7 bilhões do Bradesco. Em junho, as cifras eram de R$ 166,2 bilhões e de R$ 187,7 bilhões, respectivamente, conforme o BC.

O banco da família Setubal ultrapassou também a Caixa Econômica Federal (CEF), ficando atrás apenas do Banco do Brasil no ranking compilado pelo BC e disponível no site da autarquia. A compra do BankBoston no Brasil pelo Itaú, anunciada em maio e concluída em agosto, foi fundamental para o avanço do banco sobre os rivais.

O Banco do Brasil tinha em setembro ativos totais de R$ 281,6 bilhões, enquanto a CEF estava com R$ 199,2 bilhões.

Aposta no crédito

Durante encontro com analistas nesta segunda-feira (4), presidente do Itaú, Roberto Setubal, afirmou que a carteira de crédito do banco em 2007 será impulsionada pelos empréstimos à pessoa física, com avanço de 30% nessa modalidade.

Nos 12 meses até setembro de 2006, esse segmento, que inclui cartão de crédito, empréstimos pessoais, consignado e financiamento de veículos, cresceu 41,4% no banco, para US$ 36,2 bilhões. A cifra não inclui a incorporação da carteira do BankBoston, comprado pelo Itaú.

De acordo com Setubal, a carteira de crédito voltada a pessoas jurídicas deve crescer 10% no ano que vem. O destaque, relatou o executivo em encontro com analistas nesta segunda-feira, ficará por conta do segmento de pequenas e médias empresas.

"(No caso de pessoas jurídicas) excluindo o Itaú BBA (que atua com as grandes empresas), estamos falando crescimento de 20 a 25 por cento em 2007, onde a margem é muito maior", detalhou Setubal.

O presidente do Itaú disse que ainda há muito espaço para ampliação do crédito no Brasil. Atualmente, a oferta de empréstimos por todo o sistema financeiro corresponde a pouco mais de 30 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"De uma forma geral, estamos muito aquém do potencial. Acreditamos que o Brasil possa chegar tranquilamente a 50, 60% (de relação crédito/PIB)", afirmou, sem estabelecer um prazo para que isso aconteça. Uma das alavancas, segundo ele, será o crédito imobiliário, que já começa a deslanchar mas terá impacto nos resultados dos bancos no médio prazo, daqui a dois ou três anos.

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