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Bancos

Itaú tem lucro de R$ 5,2 bi, mas recorde vai durar pouco

O Banco Itaú, segundo maior banco privado brasileiro, teve lucro de R$ 1,424 bilhão no quarto trimestre de 2005 e acumulou R$ 5,251 bilhões no ano, com aumento de 39,06% sobre 2004. É o maior lucro de um banco de capital aberto em toda a história do Brasil.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2005, o lucro obtido no quarto trimestre cresceu 5,33%. Sobre o mesmo trimestre de 2004, a alta foi de 38%. No ano inteiro, as receitas da intermediação financeira somaram R$ 20,292 bilhões. As operações de crédito no período ficaram em R$ 12,949 bilhões.

O lucro informado de R$ 5,251 milhões pelo Banco Itaú em 2005 é o maior da Historia dos bancos de capital aberto do Brasil, segundo a consultoria Economática. O resultado de 2005 do Banco do Brasil é o segundo maior da História.

Segundo Einar Rivero, diretor da Economática para América Latina, o recorde do Itaú poderá não durar muito, já que o Bradesco tem boas chances de superar esse valor. O Bradesco, maior banco privado do país, acumula lucro de R$ 4,119 bilhões nos nove primeiros meses de 2005. Caso o Bradesco informe lucro no quarto trimestre superior a R$ 1,132 bilhão, passará a ter o maior lucro da História dos bancos brasileiros de capital aberto. O balanço do Bradesco será divulgado nesta quarta-feira

O Banco Itaú teve rentabilidade de 35,3% sobre o patrimônio líquido no mesmo período. O patrimônio líquido consolidado, de R$ 15,560 bilhões, evoluiu 11,4% no ano.

As ações preferenciais do banco fecharam o ano com alta de 46,5% e as ordinárias subiram 47%. O Índice Bovespa cresceu 29,7% no mesmo período. O montante de juros sobre o capital próprio distribuídos aos acionistas totalizou R$ 1,852 bilhão, na proporção de R$ 1,68 por ação.

O Itaú contava com 51.036 funcionários no final do ano passado, 5.720 a mais que no final de 2004. A elevação do quadro de funcionários é atribuída à expansão dos negócios, principalmente no crédito ao consumidor. A remuneração fixa do pessoal somada aos seus encargos e benefícios totalizou R$ 3,357 bilhões, ou R$ 71 mil por colaborador, em média no ano.

Os ativos consolidados alcançaram R$ 151,241 bilhões, com evolução de 16% em relação a 2004. A carteira de crédito, incluindo avais e fianças, cresceu 27,2% no ano, atingindo R$ 67,756 bilhões. Destaca-se a expansão de 31,6% no segmento de micro, pequenas e médias empresas e 57% no segmento de pessoas físicas.

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