O Itaú Unibanco, maior banco da América Latina em ativos, afirmou ter planos de expansão no exterior uma vez que a fusão for completa, mas que isso demorará pelo menos um ano e que não está tentado por ativos em dificuldades.
O Itaú Unibanco foi formado no ano passado pela compra do Unibanco pelo Itaú e agora figura entre os 15 maiores bancos do mundo em valor de mercado. Ele afirmou na época do acordo que espera competir com grandes rivais no mercado internacional com o decorrer do tempo.
"Quando anunciamos o acordo também dissemos termos aspirações internacionais. Isso é verdade, mas no momento estamos trabalhando para consolidar a integração, o que provavelmente levará mais um ano", disse à Reuters o presidente-executivo do banco, Roberto Setúbal.
"Depois disso, tudo é possível", afirmou, acrescentando que o foco deverá ser a América Latina.
"Não estamos procurando ativos em dificuldades. Se comprarmos algo fora do Brasil, deve ser algum banco bom. Não queremos comprar um banco com dificuldades, preferimos pagar mais caro e comprar um banco mais sólido", explicou Setúbal nos bastidores de um encontro do Instituto Internacional de Finanças, em Istambul.
"Mas ainda temos um grande potencial de crescimento no Brasil, isso é algo que devemos levar em consideração."
O Brasil superou a crise financeira melhor que muitos países e sua economia está em boa forma devido à reforma monetária e fiscal anterior, pontuou Setúbal. Ele previu que a economia deve crescer entre 4,5 por cento e 5 por cento no ano que vem, o que é sustentável caso a economia mundial se mantenha estável.