Com o recuo de 1,8% do PIB Mensal Itaú Unibanco (PIBIU) no mês de junho ante maio, o Itaú Unibanco prevê que o PIB do Brasil, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tenha recuado 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. O banco não leva em consideração uma revisão do PIB e trabalha com a alta de 0,2% da economia no primeiro trimestre informada originalmente. O PIB mensal do Itaú baixou 1,3% entre abril e junho, na comparação com os três meses anteriores.

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Devido ao fraco nível de atividade econômica, o Itaú projeta que o crescimento do Brasil em 2014 ficará em 0,6% e deverá acelerar para 1,3% em 2015. De acordo com o banco, as condições fiscais não são favoráveis e estão diminuindo as chances de o governo cumprir a meta de um superávit primário de 1,9% do PIB este ano. Segundo a instituição, o superávit deverá alcançar 1,3% em 2014 e 1,5% em 2015.

Em relação ao balanço de pagamentos, o Itaú espera que o câmbio chegue ao fim do ano a R$ 2,40 e atinja no encerramento de 2015 R$ 2,50. Esse fator deverá colaborar para uma redução do déficit de transações correntes, cuja previsão do banco é de 3,7% do PIB este ano e 3,2% em 2015.

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1º trimestre

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, disse, nesta terça-feira (19), que o PIB no primeiro trimestre deve ser revisado pelo IBGE de uma alta de 0,2% para uma marca entre zero e recuo de 0,1%. O banco estima que a economia no segundo trimestre apresentou uma queda de 0,4%, na margem. "Isso caracterizaria uma estagnação do PIB no primeiro semestre", avaliou.

"A economia deve apresentar recuperação no segundo semestre. Mas não vemos sinais ainda disso", destacou Goldfajn. Ele projeta uma alta do PIB de 0,6% para 2014. Para o próximo ano, o banco espera um incremento de 1,3%. "Em meados de 2015, o consumo deve começar a puxar o crescimento novamente, especialmente com redução do endividamento das famílias e um desempenho mais favorável da inflação", disse o economista Caio Megale.

Gasolina

Goldfajn estima um aumento dos preços da gasolina de 8% na refinaria no fim deste ano, o que representaria uma alta de 5% na bomba dos postos de combustíveis. Com essa previsão, ele estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 6,3% em 2014. Para 2015 a projeção de alta do índice de inflação é de 6,4%, que considera uma elevação de 8% na refinaria daquele derivado de petróleo, sendo novamente 5% na bomba.

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"Nossa estimativa é de que a defasagem média da gasolina na refinaria em relação a preços internacionais é de 15%. Portanto, é viável que em dois anos ela seja corrigida", comentou Goldfajn. Segundo ele, a estimativa para o IPCA em 2014 mostra a inflação alta, mas mais bem comportada, em função de alguns fatores, como o recuo dos preços de alimentação e os efeitos do nível de atividade mais fraco sobre os preços livres.