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Japão e China fecharam acordo para restabelecer conversas em breve sobre um pacto de livre comércio que também incluiria a Coreia do Sul, disse, neste domingo (25), o primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda depois de conversas na capital chinesa com o premiê Wen Jiabao.

Em outro sinal de crescente interdependência entre as duas maiores economias da Ásia, o Japào disse também que espera comprar bônus do governo chinês.

"Discutimos como precisamos retomar as conversas sobre um pacto de livre comércio entre Japão, China e a Coreia do Sul no começo do próximo ano, e chegamos a um acordo sobre esse ponto", disse Noda aos jornalistas depois de sua reunião com Wen.

O anúncio se baseia em um acordo entre os três países no mês passado, que também buscava um tratado de investimento trilateral e a finalização de estudos sobre o proposto acordo de livre comércio até o fim de dezembro, de forma que eles pudessem iniciar negociações formais sobre o pacto comercial.

"A China está disposta a cooperar estreitamente com o Japão para promover o desenvolvimento financeiro e monetário dos nossos dois países, e para acelerar o progresso da zona de livre comércio China-Japão-República da Coreia e a cooperação financeira do Leste Asiático", disse Wen ao primeiro-ministro japonês durante o encontro, de acordo com a página oficial na internet do Ministério das Relações Exteriores chinês (www.mfa.gov.cn).

Mas as negociações regionais de comércio também podem disputar atenção com a pressão de Washington por uma parceria Trans-Pacífico (TPP), depois que o Japão disse no mês passado que quer se juntar às negociações sobre a proposta dos Estados Unidos.

A despeito dos laços políticos algumas vezes rancorosos entre os dois vizinhos, os sucessos econômicos do Japão estão cada vez mais ligados ao crescimento econômico e à demanda do consumidor da China.

Wen disse a Noda que laços econômicos mais estreitos são do interesse de ambos os países.

"As consequências profundas da atual crise financeira internacional continuam a se espalhar, e a complexidade e severidade dos acontecimentos globais e mundiais ultrapassaram nossas expectativas", disse Wen.

"China e Japão têm a necessidade e as condições de juntar as mãos de forma mais próxima para responder aos desafios e aprofundar relações estratégicas mutuamente benéficas."

A China tem sido o maior parceiro comercial do Japão desde 2009.

Em 2010, o comércio entre os dois países cresceu em 22,3 por cento, comparado aos níveis de 2009, chegando a 26,5 trilhões de ienes (339,3 bilhões de dólares), de acordo com a Organização de Comércio Exterior do Japão.

Em um comunicado emitido depois do encontro dos dois líderes, o governo japonês disse que buscará comprar bônus do governo chinês - uma medida tentativa na direção da diversificação das grandes reservas externas de Tóquio, que supostamente são majoritariamente em dólares.

Mas as autoridades japonesas enfatizaram que a confiança do Japão nos ativos em dólar permanece inabalada.

O comunicado distribuído aos jornalistas não deu detalhes de quando o Japão deve procurar comprar os bônus, mas autoridades japonesas disseram que a escala será pequena.

China e Japão são também o primeiro e o segundo maiores detentores de reservas externas.

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