O ministro das Finanças do Japão, Kaoru Yosano, disse neste domingo (22) que o país pode precisar de uma política agressiva de gastos públicos, numa escala da aproximadamente 20 trilhões de ienes (cerca de US$ 208 bilhões), para sair da recessão. Yosano admitiu que o governo provavelmente terá de rever para baixo sua previsão de crescimento zero para o ano fiscal de 2009, que termina em 31 de março do ano que vem, devido à forte contração da economia nos últimos meses.
A economia japonesa tem sido duramente afetada pela queda contínua das exportações desde o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos, em setembro do ano passado. O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que o Produto Interno Bruto (PIB) japonês vai cair 5,8% em 2009. Segundo dados oficiais, o PIB caiu a uma taxa anualizada de 12,1% no trimestre entre outubro e dezembro. Dados mostram que a retração continua neste ano. "A menos que tenhamos uma recuperação considerável no segundo semestre, será difícil manter a atual previsão para o PIB", disse Yosano.
O ministro ponderou que o montante dos gastos públicos ainda não está decidido e que os especialistas precisam de mais dados para decidir onde alocar o dinheiro. As medidas também precisarão ser discutidas no Parlamento. A taxa de desemprego do Japão manteve-se em 4,1% em janeiro, índice considerado relativamente alto para um país que registrou emprego estável por décadas. A preocupação é de que a taxa cresça diante dos problemas enfrentados pelas companhias do país.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião