O governo japonês aprovou nesta sexta-feira (30) um segundo pacote de estímulo à economia em menos de um mês, no momento em que se aproximam as eleições gerais de dezembro e a economia em marcha lenta pressiona o partido governista a agir, mesmo que as medidas sejam vistas como vazias pelos analistas. O novo pacote contém 880,3 bilhões de ienes (US$ 10,7 bilhões) em gastos. O pacote é o menor dos quatro feitos pelo governo japonês no último ano. Quando a notícia sobre o pacote vazou para a imprensa local nos últimos dias, vários analistas qualificaram o pacote como muito limitado para ter qualquer impacto na economia. Alguns acreditam que a economia japonesa está em recessão.
"Embora o pacote não seja um veneno, também não será um remédio" disse Masamichi Adachi, economista sênior no J.P. Morgan Securities. O gabinete de governo estimou que o pacote impulsionará o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 0,2%. O anúncio feito hoje ocorre duas semanas após o primeiro-ministro Yoshihiko Noda ter ordenado medidas de estímulo à economia, sugerindo urgência ao gabinete, enquanto seu grupo político, o Partido Democrático do Japão (PDJ) se prepara para as eleições gerais de 16 de dezembro. O maior partido da oposição, o Partido Liberal Democrata (PLD), lidera as pesquisas de intenção de voto.
A maior fatia do pacote, totalizando 161,2 bilhões de ienes, irá para a reconstrução do nordeste do Japão, região devastada pelo terremoto seguido de tsunami e desastre nuclear em março de 2011. O governo alocará outros 110 bilhões de ienes para a geração de empregos e 95,1 bilhões de ienes para pequenas empresas endividadas. O governo não pôde apresentar um amplo plano fiscal porque o Parlamento está fechado e os políticos se preparam para as eleições, antecipadas por Noda. As informações são da Dow Jones.
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