O novo governo do Japão seguirá em breve os Estados Unidos e a França no aumento de impostos aos mais ricos, em meio às continuas preocupações com a grande dívida pública do país.

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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, atraiu atenção global com promessas de ousados estímulos econômicos, incluindo um pacote que será anunciado na sexta-feira (11), e com pressão sobre o Banco do Japão (BoJ) para relaxar a política monetária. Mas, nos bastidores, o governo vem trabalhando em uma legislação para aumentar os impostos dos mais ricos e aqueles que incidem sobre propriedades de maior valor, segundo informaram nesta quinta-feira autoridades do governo.

A medida deve ser anunciada oficialmente ainda este mês, mas precisa ser aprovada pelo Parlamento antes de se tornar lei. O aumento de impostos sinaliza que, apesar de o Partido Liberal Democrático (PLD) de Abe ser geralmente definido como "conservador", o debate sobre políticas econômicas no Japão é diferente do que é feito nos Estados Unidos, onde os republicanos se opõem a qualquer tipo de aumento de impostos.

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As propostas de aumentos de impostos para os mais ricos gerariam 200 bilhões de ienes (US$ 2,3 bilhões) ao ano, uma parcela pequena comparada ao tamanho do déficit anual de mais de 40 trilhões de ienes do país. Segundo as autoridades, a taxa de imposto para a parcela mais rica da população subiria de 45% para 40%. As informações são da Dow Jones.