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O governo prevê que a economia brasileira - medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) - vai crescer 2,40% em 2020. O percentual é maior do que a previsão anterior, feita em novembro, quando a equipe econômica estimava um crescimento de 2,32% para este ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

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Se confirmado o resultado esperado pelo governo, será o melhor desempenho da economia desde 2013. Naquele ano, o PIB cresceu 3%. Logo depois, ficou praticamente estagnado (0,3%) e depois acumulou duas quedas seguidas. Nos últimos dois anos com dados disponíveis (2017 e 2018), cresceu apenas 1% e 1,1%, respectivamente. O dado do PIB de 2019 será divulgado pelo IBGE em março, mas a expectativa é crescer em torno de 1% também.

Emprego e atividade em tendência de alta, diz governo

O governo diz que os indicadores de emprego e atividade indicam uma retomada consistente para a economia em 2020, o que justifica a previsão de crescimento 2,40% para o PIB em 2020. A estimativa da equipe econômica está acima da do mercado financeiro. O mercado estima que a economia vai crescer 2,30%, segundo o último Boletim Focus.

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Os indicadores de atividade que têm apresentado boas surpresas, na avaliação do governo, são os setores de serviço, comércio e construção civil. Já pelo lado do emprego formal, o governo diz que o indicador tem apresentado aceleração nos últimos meses, dando sinais de aquecimento da economia.

Além do emprego e da atividade de alguns setores, o governo acredita que a liberação de recursos do FGTS - tanto o saque-aniversário quanto o saque imediato - vai surtir efeito na economia ao longo de 2020. A redução da taxa básica de juros - que hoje está em 4,5% ao ano - também vai começar a ser sentida neste ano, especialmente a partir do segundo semestre.

Por outro lado, para de fato a retomada acontecer de forma consistente, o governo diz que é essencial manter a trajetória de ajuste fiscal e as reformas que visam elevar a produtividade. "O zero fiscal compensa. E compensa não somente no médio e longo prazo, mas compensa no curto prazo. Temos que manter a política de zelo fiscal", afirmou o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.

Inflação

Para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o governo estima que ela vai fechar este ano em 3,62%, abaixo da meta, que é de 4%. A previsão também sofreu um alta em relação a anterior, feita em novembro, quando o governo previa que o IPCA de 2020 ficaria em 3,53%.