O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira (13), durante um café da manhã com jornalistas, que não pretende "neste momento" mudar as alíquotas do Imposto de Renda.
Atualmente, a tabela do IR acumula, desde 1996, defasagem de 64,3%. Apesar do Senado ter aprovado reajuste de 6,5% para 2015, o governo tem defendido correção de 4,5%.
Questionado sobre as políticas de combate à inflação, Levy afirmou que há tentação de jogar para a política monetária todo o esforço em relação ao combate à inflação e defendeu que o mix de política fiscal e monetária é muito importante nesse processo.
"Há disposição de a política fiscal ajudar (a política monetária)", disse. O ministro argumentou que, se o governo gasta muito, "fica pesado" para o Banco Central fazer tudo sozinho.
Levy defendeu, ainda, que a política fiscal ajuda tanto nos juros como na questão da competitividade. "Nossa disposição é cada um no seu papel, mas ter coordenação em que o trabalho de um ajuda o do outro", concluiu.
Combustíveis
Sobre possíveis reajustes dos combustíveis, o ministro afirmou que a Petrobras vai, "cada vez mais", tomar decisões de preço segundo a avaliação empresarial dela. "Crescentemente a Petrobras fará suas decisões como uma empresa", disse.
Nos últimos anos, o governo tem interferido nas decisões de reajuste da empresa de modo que as decisões não causassem pressão inflacionárias. A respeito disso, Levy respondeu que a Petrobras é, "antes de tudo", uma empresa.
O ministro afirmou que não está discutindo ida para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras e disse que os conselheiros continuam trabalhando. "Não estou ciente de convocação para assembleia", concluiu.
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