O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou a jornalistas neste sábado, 18, que tem a expectativa de ter “muito brevemente” a página do balanço da Petrobras virada. Ele ressaltou que a Petrobras tem tido mudanças importantes na parte de gestão e a produção de petróleo “vai bem”, incluindo o pré-sal.
“A própria Petrobras tem dado alguns sinais de reorientação em alguns aspectos, em alguns segmentos, de maneira muito estratégica, olhando para frente, já respondendo a todas as condições de mercados globais que mudaram”, afirmou Levy aos jornalistas. “Foi trocada a diretoria. Tem se falado em renovação do Conselho e alguns minoritários já colocaram nomes bastante interessantes”, afirmou.
Joaquim Levy diz que governo analisará decisão do TCU sobre práticas fiscais
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou hoje, 18, que não foi questionado, em sua visita a Washington, sobre a possibilidade de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O tema passou a ser abordado diretamente pela oposição depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou irregulares as manobras fiscais realizadas no mandato anterior, conhecidas como “pedaladas fiscais”.
“Vamos analisar as decisões (do TCU) e vamos implementar o que elas implicarem”, disse o ministro durante entrevista coletiva realizada em Washington, nos Estados Unidos. “É preciso analisar, ver todas as consequências e ver qual é a melhor maneira de implementar a orientação que o TCU tiver dado.”
Levy também informou neste sábado que os países que compõem o Banco dos Brics, em processo de criação, devem definir seus representantes até o final de abril. A presidência será exercida pela Índia e os demais membros indicarão vice-presidentes.
A primeira reunião dos representantes do órgão multilateral de fomento deve ocorrer até meados de maio, em Xangai, sede do banco. “O primeiro passo para ter o Banco dos Brics como uma realidade vamos ver em meados de maio. Há uma enorme demanda sobre o financiamento de infraestrutura”, disse Levy. “A expectativa é ter o banco funcionando no ano que vem.”
O Banco dos Brics reunirá representantes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Levy comentou na entrevista que alguns riscos para a economia brasileira, que foram apontados nos últimos dias pelos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em análises sobre o País, já se dissiparam em parte, porque foram reflexo de uma visão de quando os economistas da instituição foram visitar o Brasil em janeiro.
“Vários dos riscos que o FMI listou quando esteve lá (em Brasília) no começo do ano são, na realidade, de janeiro, da virada do ano. Alguns daqueles riscos claramente diminuíram”, disse o ministro, citando como exemplo o risco de racionamento.
Ainda sobre a visão dos estrangeiros a respeito do Brasil, o ministro afirmou que tem havido mais entendimento sobre o que anda acontecendo no País. “As pessoas estão entendendo cada vez mais o que estamos fazendo, o fato de o governo ter rumo, uma política. Vai ter um pouco de trabalho, vai ter um período de ajuste. Mas temos agora novas perspectivas.”
Levy frisou que a própria presidente Dilma Rousseff tem se empenhado em explicar, em dar “clareza e rumo” em vários aspectos dos ajustes recentes na economia, “explicando que o que tem sido feito é o caminho para retomar o crescimento”.
Sobre a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), que o ministro participou nesta semana, Levy afirmou que as pessoas estão percebendo 2015 como um ano de oportunidades, que pode trazer transformação. “Nos Estados Unidos, a gente sabe que eles têm que tomar algumas decisões. A gente vê a Europa surpreendendo pelo lado positivo”, disse, citando ainda que a queda do preço do petróleo tem ajudado vários países.
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