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Imposto de renda

Joaquim Levy sinaliza que reajuste da tabela do IR será de 4,5%

Joaquim Levy reforçou que "a proposta do governo é de 4,5%" | Wilson Dias/ABr
Joaquim Levy reforçou que "a proposta do governo é de 4,5%" (Foto: Wilson Dias/ABr)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou nesta segunda-feira (19) que a presidente Dilma vetará o reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda aprovado pelo Congresso e deve retomar a proposta inicial de 4,5%, insuficiente para compensar a inflação do ano passado, que foi de 6,41%.

Questionado sobre o veto, ele hesitou em responder, pois "não é uma decisão da Fazenda". Mas depois afirmou que "a proposta do governo é de 4,5%".

A correção da tabela está em emenda da medida provisória 656, que deve ser sancionada até terça-feira (20), para que não perca a validade. A medida também trata da prorrogação de incentivos tributários para alguns setores e vários outros assuntos.

A indicação sobre o imposto de renda aconteceu durante entrevista coletiva em que Levy e o secretário da Receita, Jorge Rachid, anunciaram um pacote de aumento de impostos, que devem ajudar em R$ 20 bilhões o caixa do governo neste momento de ajuste fiscal.

Impostos

Entre as mudanças anunciadas nesta segunda-feira estão a volta da Cide (imposto sobre gasolina) e alta do PIS/Cofins sobre combustíveis - juntos, esses dois aumentos devem encarecer em 22 centavos os tributos sobre a gasolina, e 15 centavos sobre o diesel.

Outra medida foi o aumento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos e financiamentos a pessoas físicas, de 1,5% para 3%. Segundo Levy, será mantida a alíquota de 0,38% por operação.

O governo alterou a cobrança de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do setor de cosméticos, equiparando o atacadista ao produtor industrial. Segundo Levy, a medida vai organizar o setor e dar mais transparência aos preços.

Outra medida foi o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre importação, que passa de 9,25% para 11,75%. Segundo o ministro, o ajuste corrige decisão da Justiça de eliminar do cálculo o ICMS de importação, favorecendo a competitividade da produção doméstica.

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