O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta terça-feira (25) que os aeroportos não serão problema para a realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
"Nossa preocupação não é com a Copa do Mundo ou com a Olimpíada. A preocupação maior é com o aumento significativo da aviação civil no Brasil", frisou Jobim. "Temos profecias catastrofistas, que são as que interessam a quem gosta de profecias. Ninguém se junta para ouvir profecias sobre o bem", ironizou o ministro ao ser questionado sobre dúvidas de especialistas quanto aos gargalos da infraestrutura dos aeroportos brasileiros.
O ministro ressaltou que a construção de terminais desmontáveis para embarque e desembarque de passageiros poderá ser utilizada até que barreiras legais e orçamentárias sejam superadas para a realização das obras necessárias.
Jobim, que participou da abertura da Cúpula União Europeia - América Latina de Aviação Civil, no Rio de Janeiro, ponderou que a Copa do Mundo acontecerá apenas durante dois meses e que a principal preocupação é o desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária a ponto de suportar o aumento contínuo da demanda na casa dos 10% ao ano.
Solução privada
O ministro lembrou que os terminais desmontáveis são utilizados em Florianópolis e defendeu a solução até que entraves típicos das amarras da lei 8.866, que rege as licitações, sejam superados. O ministro destacou que terminais desse tipo poderão ser instalados em Guarulhos até que as brigas judiciais que impedem a construção de um terceiro terminal cheguem a um bom termo.
Outra medida destacada por Jobim para evitar gargalos é a determinação de que voos fretados não decolem ou pousem nos horários de pico de movimento, de manhã e no fim do dia.
O ministro também destacou que as obras em aeroportos destinadas a táxi aéreo e aviação executiva poderão ser bancadas pela iniciativa privada, uma vez que o foco do governo será priorizar os voos que transportam um maior número de passageiros.
"Não se justifica colocar orçamento do governo para melhorias em aeroportos para aviões de três ou quatro pessoas. Temos que nos preocupar com 150 pessoas", afirmou Jobim. "Que o setor privado dê a solução para ele mesmo e não espere que o Estado resolva o problema. Quem é privilegiado é quem conduz mais gente, essa é a política que temos que adotar", acrescentou.
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