O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta terça-feira (17) que a escolha dos caças que vão ser comprados para a Força Aérea Brasileira (FAB) vai ser decidida "seguramente" em 2012.
"Nós temos que aguardar. A matéria está sob a análise da Presidência da República", afirmou o ministro durante o 23º Fórum Nacional, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio.
O governo brasileiro analisa projetos de França, Suécia e Estados Unidos para compra dos aviões. Em 2009, os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram comunicado conjunto em que anunciam a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale. Depois disso, o governo informou que ainda analisaria outros projetos.
O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing.
O ex-presidente Lula deixou a decisão sobre compra de caças para a sucessora, Dilma Roussef. Devido ao anúncio do corte no orçamento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em fevereiro deste ano que o governo brasileiro não tem "recursos disponíveis" para comprar caças em 2011.
Alemão
Durante o fórum no Rio, Jobim anunciou ainda a construção de uma central judicial no Complexo do Alemão. "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sensibilizou-se com o problema e, em um entendimento com o Poder Judiciário local, vai ser construído um centro judicial para atender a pessoas daquela região", disse.
Segundo o ministro, o centro vai ser construído dentro do batalhão do Exército instalado no Alemão. "É uma forma de ter a presença do Estado e da Justiça naquele local", concluiu.
Cardozo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo também esteve no fórum do BNDES. Ele admitiu que há muita coisa a ser feita na área de segurança pública. "Mas vamos conseguir fazer muita coisa", enfatizou ele. "Eu acho que dá para caminhar bastante, tendo um sistema de informações, de planejamento, de gestão, alocando recursos dentro de uma ótica correta, focando situações para que possamos reduzir a criminalidade", afirmou o ministro.
"Também temos que orientar a integração de órgãos para fiscalizar melhor as nossas fronteiras", completou o ministro.