A Jordânia aumentou o preço da gasolina e da eletricidade para grandes mineradoras, hotéis e bancos como parte dos passos de austeridade guiados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a fim de diminuir o déficit orçamentário do país, que pode atingir 4 bilhões de dólares neste ano.
A ação deste domingo (27) foi o primeiro grande aumento nos preços varejistas de gasolina desde que os protestos no começo do ano -inpirados por uma onda de agitação no Oriente Médio- forçaram as autoridades a expadir os gastos sociais e congelar aumentos nos preços dos combustíveis, incluindo gasolina.
O preço do petróleo aumentou quase 20 por cento, enquanto as tarifas de eletricidade também subiram substancialmente para grandes indústrias e setores de serviços da economia, incluindo bancos e hotéis.
O preço do GLP para indústria, querosene e combustível naval também subiram, numa ação que economistas dizem somar às pressões inflacionárias e prejudicar a competitividade de exportação do país devido ao aumento dos custos.
O governo, atento à fúria do público que explodiu em protestos nas ruas no sul do país após dois aumentos de preços em 1989 e 1996, não subiu os preços da gasolina utilizada por jordanianos de baixa renda -a maioria da populaçào de 7 milhões de pessoas.
Governos sucessivos têm adotado uma política fiscal expansionista caracterizada por grandes subsídios estatais e aumentos de salários como resposta aos meses de protestos.
Para evitar mais protestos, as autoridades também criaram empregos estatais no já inchado setor público, e mantiveram os subsídios para o pão e outros bens básicos, aumentando ainda mais os financiamentos públicos.
No último sinal de descontentamento popular, grupos islâmicos e de oposição tribal fizeram protestos nas ruas contra o aumentos dos preços na sexta-feira.
Autoridades da Jordânia disseram que os aumentos nos preços irão mostrar o compromisso sério com a consolidação fiscal e ganhar o apoio contínuo do FMI, além de mais ajuda.
Uma equipe do FMI levantou em uma reunião com autoridades no mês passado um perspectiva de o país enfrentar dificuldades econômicas caso as autoridades venham a falhar em conter a folha de pagamentos do setor público e restabelecer a prudência fiscal.
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