O juiz da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Roberto Ayoub, confirmou nesta segunda-feira que o leilão da Varig foi antecipado para 5 de junho. Segundo ele, uma nova alteração na data só acontecerá se a empresa obtiver recursos para capital de giro referente a créditos de ICMS ou a aporte de investidores.
O coordenador do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), Marcio Marsilac, mostrou-se preocupado com a antecipação do leilão. Para ele, o fato de o "data room" com as informações da empresa ser aberto na próxima quarta-feira e ter fechamento previsto para o dia do leilão permite pouco tempo para os investidores analisarem as informações e estruturarem suas propostas.
Marsilsac se encontrará nesta tarde com o juiz Ayub para tentar conhecer um pouco mais das informações que estarão contidas no edital do leilão, que será publicado nesta terça-feira. Marsilac afirmou que somente depois de conhecer alguns detalhes do edital vai decidir se pede ou não o cancelamento do leilão.
O leilão foi antecipado porque não houve qualificados para intermediar o empréstimo-ponte oferecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à empresa. E fracassaram as negociações junto a investidores em condições de injetar recursos na companhia.
A antecipação do processo visa a dar mais confiança aos credores e até influenciar positivamente a Justiça dos Estados Unidos. Na próxima quarta-feira, a Corte de Nova York julga o pedido de arresto de aviões da empresa. Uma liminar dada pelo juiz Robert Drain, de Nova York, protege a Varig de arrestos até aquela data, mas pode não ser renovada. Ainda no dia 31 vence o acordo com a BR, responsável pelo fornecimento de combustíveis à Varig.
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