Alunos do Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade), em Curitiba, não precisam mais ter dúvidas sobre onde e como fazer o pagamento de suas mensalidades. Por determinação do juiz Rogério de Assis, da 10.ª Vara Cível de Curitiba, os estudantes podem quitar seus carnês na tesouraria da faculdade. Até a semana passada, eles estavam com dois boletos nas mãos para as mesmas parcelas um emitido pela própria instituição de ensino e outro emitido pelo Banco Industrial do Brasil, que determinava o depósito das parcelas numa conta em juízo.
O banco havia enviado o boleto aos alunos porque ganhou na Justiça a penhora sobre as mensalidades deles. Segundo o banco, a Uniandrade não teria pago um empréstimo de aproximadamente R$ 1 milhão contraído junto ao banco, e as mensalidades de cerca de 600 alunos haviam sido oferecidas como garantia da operação. A direção da Uniandrade tem preferido não se manifestar sobre o assunto.
A comunicação sobre a nova modalidade de pagamento, segundo o juiz Rogério de Assis, ficou a cargo do banco, mas acabou gerando mais dúvidas que certezas entre os estudantes. "Mediante a dúvida dos alunos, o próprio banco pediu que a penhora recaísse sobre a boca do caixa", explica Assis. O juiz atendeu ao pedido e agora um oficial de justiça será encarregado de recolher o dinheiro pago na tesouraria da Uniandrade e depositá-lo na conta em juízo, até chegar ao valor pretendido pelo banco.
Mérito
O juiz ressalta que até agora "não há sentença reconhecendo a dívida". A intenção da Justiça, segundo ele, é permitir que haja garantias de pagamento caso se comprove que a Uniandrade realmente não pagou o empréstimo contraído. Enquanto não houver garantia não vamos analisar o mérito", afirma.
Rogério de Assis orienta os alunos que já pagaram alguma mensalidade com o boleto emitido pelo banco, para depósito na conta em juízo, a guardarem o comprovante bancário. "Isso servirá como comprovante de pagamento junto à faculdade", diz.