O juiz americano Thomas Griesa negou novamente o pedido da Argentina para suspender a execução da sentença que obriga o país a pagar seus credores até a próxima quarta-feira. O juiz ordenou que os representantes da Argentina e dos investidores negociem "24 horas", por meio do mediador indicado por ele, até chegar a um acordo que evite um novo calote do país. "Se não forem dados passos sensatos, haverá um default no fim de julho", disse o juiz. Para Griesa, o calote seria o "pior cenário", já que afetaria "pessoas reais". A suspensão de pagamentos, porém, "não é algo necessário para atingir um acordo entre as partes", afirmou.
Os advogados argentinos insistiram na audiência de ontem que é "impossível" chegar a um acordo até 30 de julho. A Justiça americana determinou que Buenos Aires precisa pagar US$ 1,3 bilhão aos fundos que não aceitaram renegociar sua dívida no mesmo momento em que depositar a parcela dos credores que aceitaram a reestruturação (e, portanto, aceitaram conceder um desconto de 70%), na próxima semana. A Argentina quer a suspensão da execução da ordem judicial para ganhar tempo. As duas partes voltam a se reunir hoje.