A taxa média de juros cobrada pelos bancos subiu 0,3 ponto percentual em outubro frente a setembro, para 35,6 por cento ao ano, na primeira alta desde novembro do ano passado, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira.
Para as empresas, o juro médio subiu 0,2 ponto no período, para 26,5 por cento ao ano. Para as pessoas físicas, a alta foi de 0,6 ponto, para 44,2 por cento ao ano.
O chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, classificou como "um ponto fora da curva" a alta das taxas, que ocorreu em meio a uma estabilidade da inadimplência e dos spreads.
"A tendência é de continuidade de redução das taxas, haja vista a perspectiva de queda da inadimplência", afirmou Maciel a jornalistas.
Ele acrescentou que dados prelimininares de novembro mostram que houve uma queda de 0,6 ponto percentual na taxa média de juros até o dia 13 do mês.
A inadimplência ficou em 5,8 por cento cento em outubro, mesmo patamar de setembro. Para as pessoas físicas apenas, houve um recuo de 0,1 ponto no indicador, que aponta o percentual do saldo em atraso acima de 90 dias, para 8,1 por cento.
O spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas finais cobradas pelos bancos, também ficou estável em outubro, em 26 pontos percentuais.
As novas concessões de crédito no Brasil aumentaram 0,3 por cento sobre setembro, na comparação da média diária, para 7,353 bilhões de reais.
O estoque total das operações de crédito no país cresceu 1,4 por cento, a 1,367 trilhão de reais, o equivalente a 45,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast