Tomar dinheiro emprestado em linhas de crédito pessoal e cheque especial ficou mais caro em novembro em alguns dos principais bancos do país, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada nesta quinta-feira (13).
De acordo com levantamento, a taxa média dos bancos pesquisados para empréstimo pessoal subiu de 6,04% ao mês em outubro para 6,15% ao mês. No cheque especial, as taxas passaram em média de 8,96% ao mês para 9,24% ao mês, a maior taxa desde julho de 2003 (9,27%).
Segundo a Fundação Procon-SP, que pesquisou preços de dez bancos do Brasil, cinco elevaram o custo do empréstimo pessoal: Bradesco (de 5,47% para 5,99% a.m), Itaú (de 6,89% para 7,09% a.m), Real (de 7,95% para 8,15% a.m), Santander (de 5,90% para 6,00% a.m) e HSBC (de 4,82% para 4,85% a.m).
Já no cheque especial, a elevação ocorreu em seis instituições: Bradesco (8,05% para 8,64% a.m), Real (9,28% para 9,85% a.m), Safra (11,79% para 12,30% a.m), HSBC (8,91% para 9,25% a.m), Unibanco (8,39% para 8,59% a.m) e Itaú (de 8,75% para 8,95% a.m.).
O encarecimento das taxas de crédito é um dos principais efeitos da crise no Brasil. "Não há dúvidas de que para o tomador de crédito, a situação piorou muito. As instituições financeiras decidiram apertar o crédito e as taxas de juros voltaram a subir de maneira expressiva. Se antes o cheque especial já era uma linha de crédito muito cara, agora se torna impraticável", afirma comunicado da entidade, que recomenda cautela aos consumidores.
O BC tem tomado uma série de medidas para injetar mais dinheiro no mercado e combater a escassez de crédito, como a nova mudança nas regras do compulsório anunciada nesta quinta.
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