As taxas de juros médias pagas pelo consumidor em 2010 nas modalidades empréstimo pessoal e cheque especial ficaram praticamente estáveis em relação a 2009, segundo pesquisa divulgada ontem pela Fundação Procon de São Paulo. A perspectiva, no entanto, é de que a "festa do crédito" fique mais restrita em 2011 em função das medidas já anunciadas pelo Banco Central e por um novo ciclo de alta da taxa Selic, conforme previsão do mercado.
A taxa média do cheque especial foi de 8,88% ao mês, indicando um decréscimo de 0,05 ponto porcentual em relação à taxa média de 2009, que era de 8,93% ao mês. O ano iniciou com uma taxa média, entre os bancos pesquisados, de 8,79%, e finalizou com uma taxa de 9,12%. Na modalidade empréstimo pessoal, a taxa média foi de 5,26% ao mês, uma queda de 0,23 p.p. em relação à média de 2009, que era de 5,49% ao mês.
"O problema é que os juros, mesmo estando estáveis, ainda são muito altos, o que encarece muito o crédito. Estamos em um ponto de equilíbrio entre a expansão do crédito e o aumento da inadimplência. É necessário que o governo trabalhe para reduzir essas taxas no médio prazo", avalia o professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite. Segundo ele, ainda que o nível de endividamento da população tenha crescido, ele é tolerável quando comparado ao de outros países em desenvolvimento.
Para José Ronoel Piccin, conselheiro da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a próxima fase será de ajustes. "De uma maneira geral a população foi incitada a consumir, mas as coisas se extrapolaram. Por isso será necessário alguns ajustes, o que é normal na economia para evitar efeitos negativos. É possível perceber que o Banco Central já detectou isso, tanto que está enxugando o crédito para frear esse consumo", aponta.
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