Um ajuste fiscal sólido, com redução de desonerações e correção de preços administrados, pode permitir o resgate da credibilidade da política econômica, a ponto de levar os juros a cair em 2015. A avaliação é do ex-diretor do Banco Central (BC) e sócio da Divitia Investimentos, Sérgio Werlang.
Werlang acredita que o governo tem condições de entregar um superávit primário recorrente entre 2% e 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em dois anos e avalia que "não há necessidade" de o Banco Central adotar o programa de venda de dólar no mercado futuro, conhecido por swap cambial, em 2015. Isso seria oportuno para levar o dólar para uma marca entre R$ 2,70 e R$ 2,80, que se for mantida ao longo de 2015 que vem poderia reduzir o déficit de transações correntes para 2,4% do PIB ao fim do ano.