
As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em novembro, após quatro meses consecutivos de queda, conforme pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), que atribui as altas à elevação dos juros por causa do "fator Banco PanAmericano".
Em nota enviada à imprensa, a empresa afirma que a tendência para os próximos meses é de novas elevações, por causa do anúncio do Banco Central de aumento dos depósitos compulsórios e majoração do requerimento de capital para as operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses, pelo chamado "Fator de Ponderação de Risco".
Em novembro, a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,05 ponto porcentual, o que corresponde a uma elevação de 0,75%, em relação a outubro. Com isso, passou de 6,69% ao mês em outubro para 6,74% ao mês em novembro, retornando ao patamar de agosto.
A Anefac destacou que o "rotativo" do cartão de crédito foi a única modalidade que manteve inalterada sua taxa média no mês. A maior alta foi registrada no cheque especial, com elevação de 0,15 ponto porcentual, passando de 7,44% em outubro para 7,59% no mês passado a maior taxa desde abril de 2009. Os juros do empréstimo pessoal nas financeiras aumentaram 0,06 ponto porcentual, de 9,48% para 9,54%.
Rumos opostos
A entidade destacou que, considerando todas as elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde janeiro deste ano, foi registrada no período uma alta da Selic de 2 pontos porcentuais, o que representa uma elevação de 22,86%, passando de 8,75% ao ano em janeiro para 10,75% ao ano em novembro.
No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou caiu 3,22 pontos, o que representa queda de 2,64%, de 121,96% ao ano em janeiro para 118,74% ao ano em novembro. Por outro lado, nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 0,18 ponto porcentual, ou 0,32%, de 56,27% ao ano para 56,27% ao ano.



