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O aumento dos níveis de inadimplência e a piora das perspectivas econômicas fizeram com que os juros médios ao consumidor registrassem, em junho, sua 13ª alta seguida, de acordo com pesquisa divulgada pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) nesta terça-feira (15). As taxas médias cobradas da pessoa física passaram de 5,98% ao mês em maio para 6,03% ao mês em junho, no maior patamar desde julho de 2012.

Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, as perspectivas ruins para a economia e a preocupação com a inflação aumentam o risco de crédito, o que pode elevar os índices de inadimplência. "Estes fatos têm levado as instituições financeiras a elevarem suas taxas de juros acima das elevações da Selic", diz.

Desde abril de 2013 até o mês passado, a Selic registrou elevação de 3,75 pontos percentuais, passando de 7,25% a 11%. No mesmo período, os juros médios para pessoa física subiram de 88,61% ao ano em abril de 2013 para 101,90% ao ano em junho deste ano, avanço de 13,29 pontos percentuais.

Oliveira acredita que, no curto prazo, a tendência é o Banco Central manter a taxa básica Selic inalterada na reunião do Copom que termina nesta quarta-feira (16). "Por conta disto é provável que as taxas de juros das operações de crédito se mantenham inalteradas neste período, a não ser que, eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada, o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da taxa básica de juros".

Entre as seis linhas pesquisadas pela associação, somente financiamento de veículos se manteve inalterada em junho, com leve queda de 0,02 ponto percentual. As cinco restantes - juros no comércio, cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal em bancos e empréstimo pessoal em financeiras - subiram.

Pessoa jurídica

Os juros cobrados de empresas também subiram em junho na comparação com maio. A taxa média para pessoas jurídicas avançou de 3,41% ao mês para 3,44% mensais. No capital de giro, os juros caíram de 1,84% ao mês em maio para 1,82% em junho.

Já a taxa de desconto de duplicatas aumentou de 2,48% ao mês em maio para 2,52% mensais em junho. A conta garantida registrou alta de 5,92% ao mês em maio para 5,98% ao mês em junho.

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