As taxas de juros oferecidas por bancos e demais instituições financeiras em suas linhas de crédito tiveram em março a primeira redução neste ano, aponta levantamento divulgado ontem pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A pesquisa mostra também que o movimento de redução no custo dos empréstimos levou as taxas para patamares historicamente baixos.
Nos empréstimos para pessoa física, a taxa de juros média caiu de 6,92% ao mês, em fevereiro, para 6,77% em março. Segundo a Anefac, trata-se da menor taxa de juros na série histórica iniciada em janeiro de 1995. Entre os tipos de empréstimos, a maior queda foi registrada no crédito direto ao consumidor (CDC), que recuou de 2,47% ao mês para 2,33% ao mês. Os juros do cheque especial tiveram queda menos significativa, de 7,38% ao mês, para 7,74%, enquanto a taxa do cartão de crédito ficou estável em 10,69% ao mês.
Já no caso das empresas, a taxa de juros média passou de 3,69% ao mês em fevereiro para 3,59% em março. Ainda conforme a entidade, é a menor taxa de juros desde janeiro de 1999. Nesse caso, a maior redução foi no desconto de duplicatas, cujo custo caiu de 3,24% ao mês para 3,10%.
ExplicaçãoSegundo o economista Miguel de Oliveira, da Anefac, existem duas explicações principais para a queda dos juros: primeiro, o aumento da competição no sistema financeiro, já que as instituições privadas perderam espaço para as instituições públicas na oferta de crédito, durante a crise mundial; e a queda nas taxas de inadimplência. Isso mesmo em um momento em que o mercado espera que o Banco Central elevará a taxa básica de juros, a Selic, na reunião que ocorrerá na semana que vem.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast