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Política monetária

Juros devem ter corte menor

Brasília – A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada nos dias 28 e 29 de novembro, sinaliza a possibilidade de um corte menor, de 0,25 ponto porcentual, na taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião do comitê, nos dias 23 e 24 de janeiro. Na reunião de novembro, a taxa foi reduzida em 0,5 ponto porcentual, de 13,75% ao ano para 13,25%.

O documento diz que "houve consenso entre os membros do comitê de que diversos fatores respaldariam tal decisão (corte de 0,25) e que esta contribuiria para aumentar a magnitude do ajuste total a ser implementado". Porém, acrescenta que não houve consenso se essa desaceleração no ritmo de corte de juro já deveria ocorrer a partir da reunião passada.

A ata afirma ainda que três membros do Copom votaram por uma redução de 0,25 ponto porcentual na taxa já na última reunião, pois avaliaram que "o balanço de riscos considerado justificaria tal decisão". Sem dar mais detalhes sobre a divergência, a ata afirma que a maioria dos membros do Copom achou melhor esperar mais antes de mudar o ritmo.

"Já a maioria dos membros do Copom ressaltou que as informações disponíveis neste momento ainda não justificariam uma mudança de ritmo, que seria necessário aguardar a evolução do cenário macroeconômico até a próxima reunião do Comitê para então reavaliar a conveniência de reduzir a taxa Selic em 0,25 pp", relata o documento.

O texto da ata afirma que o cenário para a inflação permanece benigno. "Os dados referentes à atividade econômica ainda sugerem uma baixa probabilidade de que observemos pressões significativas sobre a inflação. A expansão das importações tem contribuído de forma relevante para esse processo, complementando a produção doméstica e, assim, aumentando as perspectivas de que os efeitos inflacionários do crescimento sustentado da demanda agregada continuem sendo limitados", relata. O Copom também afirma que o cenário externo continua favorável, contribuindo para perspectivas positivas quanto à inflação.

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