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Um dos principais fatores que tira a competitividade das empresas brasileiras é o elevado custo do dinheiro, disse o presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Jorge Gerdau Johannpeter, durante mesa redonda sobre taxa de juros e contas públicas, realizada nesta quinta-feira (15), em Curitiba, como parte das comemorações dos 80 anos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O evento contou com o apoio da Gazeta do Povo.
Os debates, mediados pela jornalista Thais Herédia, também contaram com a participação do ex-presidente Michel Temer e do economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
"Nossos problemas são gigantescos", diz o empresário, que também é presidente do Conselho de Administração da Gerdau. Segundo o Banco Central (BC), em junho, a taxa de média de juros das operações de crédito com recursos livres (não subsidiados) era de de 20,94% ao ano.
Ele aponta que o elevado custo do dinheiro é um dos principais componentes que contribuem para o custo Brasil. Segundo o MBC, em 2021, ele correspondia a 19,5% do PIB. "Estamos com um atraso de 30 a 40 anos em relação ao resto do mundo. Temos um juro real (descontado a inflação de 6,5% ao ano, o que dificulta a nossa competitividade."
Um dos caminhos, de longo prazo, para solucionar o problema das altas taxas de juro, de acordo com Gerdau, é o governo ajustar as contas públicas, gastando menos do que arrecada. Ele aponta que uma maior pressão política do empresariado pode facilitar o processo.
"A instabilidade que afeta a atividade industrial é resultante, entre outros fatores, de uma estrutura gerencial obsoleta", destaca. Nos primeiros semestres dos últimos dez anos, a produção fabril brasileira caiu em seis, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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