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Crédito

Juros do rotativo do cartão caem 16,7% em junho, mas disparam em 12 meses

Rotativo cartão
Taxa de juros do rotativo do cartão subiu 66,9% em 12 meses, alcançando 437,3% ao ano, e se refletiu no parcelamento. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Os juros do rotativo do cartão de crédito tiveram uma queda de 16,7% de maio para junho de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta quinta (27), mas com um aumento de 66,9 ponto percentual em 12 meses, passando para 437,3%. O crédito parcelado teve uma alta de 1,9% no mês e de 22,9% em 12 meses, passando para 196,1% ao ano.

O crédito rotativo é cobrado quando o consumidor paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias.

Já no cheque especial houve uma alta de 2,9 pp no mês e de 4,4 pp em 12 meses, chegando a 133,6% ao ano, segundo a Agência Brasil.

A taxa do crédito consignado teve aumento de 0,1 pp no mês e de 1,2 pp em 12 meses (25,9% ao ano). Já no caso do crédito pessoal não consignado, os juros caíram 0,3 pp no mês de junho e apresentaram crescimento de 3,8 pp em 12 meses (91,2% ao ano).

Na média geral das taxas do cartão de crédito para pessoas físicas, a redução foi de 1,8 pp no mês e alta de 25,5 em 12 meses, alcançando 104,2% ao ano.

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Queda nos juros médios dos bancos

Pela primeira vez no ano, a taxa média de juros das concessões de crédito livre teve queda e passou de 45,4% para 44,6% ao ano em junho, redução de 0,8 ponto percentual (pp) no mês. Em 12 meses, entretanto, a alta nos juros médios é de 5,6 pontos percentuais.

Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito ficou em 23,1% ao ano, queda de 0,7 pp no mês e com alta de 0,5 pp em 12 meses. Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros atingiu 59,1% ao ano, redução de 0,8 pp no mês e alta de 7,6 pp em 12 meses.

No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado - que tem regras definidas pelo governo - é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 12% ao ano em junho, com variação negativa de 0,1 pp em relação ao mês anterior e alta de 1,6 pp em 12 meses.

Para empresas, a taxa caiu 1,4 pp no mês e teve variação para cima de 0,1 pp em 12 meses, indo para 11,9% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado ficou em 12% ao ano, redução de 0,4 pp no mês e alta de 1,3 pp em 12 meses.

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