Os juros subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) - que completa este mês um ano sob críticas, por causa do custo fiscal para o Tesouro Nacional - fizeram mais do que dobrar o número de operações e o volume de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para bens de capital.

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O volume de crédito do BNDES aprovado pelas linhas Finame, para a aquisição de máquinas e equipamentos, alcançou R$ 59 bilhões entre julho de 2009 e junho deste ano. Nos 12 meses anteriores ao lançamento do PSI, a Finame havia aprovado R$ 25,6 bilhões. Embora o valor médio dos empréstimos tenha subido ligeiramente, de R$ 250 mil para R$ 264 mil, na comparação entre os dois períodos o número de operações aumentou muito mais: 118%.

"O PSI mais do que dobrou a (linha) Finame. E o lado positivo disse é que foi extremamente pulverizado. O volume aprovado cresceu um pouco mais, 130,8%, do que o de operações, mas os números indicam que os incentivos do PSI estimularam mais empresas a buscar financiamento para comprar máquinas e antecipar seus investimentos para criar capacidade", disse Claudio Bernardo de Moraes, superintendente da área de Operações Indiretas do BNDES.

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Por meio do Finame, o BNDES financia a compra, a venda e a produção de máquinas e equipamentos de fabricação nacional por operações indiretas, intermediadas por bancos comerciais. A linha é mais usada por pequenas e médias empresas. Com o lançamento do PSI em julho de 2009, os juros das linhas Finame foram reduzidos de 6% (TJLP) para 4,5% ao ano. O programa foi prorrogado até o fim deste ano, mas os juros na maioria das modalidades foram reajustados para 5,5% este mês.