São Paulo A Corte Européia de Justiça (CEJ) anunciou ontem que o sistema de subsídios ao setor algodoeiro adotado pela União Européia (UE) em 2004 tem de ser anulado, mas que os efeitos da anulação ficam suspensos até que todos os 25 países do bloco europeu tenham chegado a um acordo sobre um novo sistema.
O algodão é objeto de disputa também nos Estados Unidos, contra as queixas do Brasil aos mais de US$ 12 bilhões pagos aos produtores americanos entre 1999 e 2003. Na semana passada, o governo americano bloqueou um pedido brasileiro de investigação sobre os subsídios.
O Brasil considerou que a extinção dos programas de subsídios norte-americanos à produção algodoeira não foram suficientes e continuam em operação. A alegação dos EUA é que estão observando a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) do ano passado, de que os subsídios são ilegais, e que o pedido do Brasil é desnecessário e sem fundamento.
Subsídios europeus
Na Europa, a CEJ informou que "os efeitos da anulação estão suspensos até a adoção, em um prazo razoável, de um novo sistema". O sistema estabelecia que 65% dos subsídios pagos aos produtores de algodão seriam desvinculados do montante produzido e os outros 35% seriam convertidos em pagamentos baseados na área cultivada.
O governo espanhol, que apresentou a contestação, alegou que esse sistema levaria os produtores a abandonar o algodão e cultivar outros produtos, acirrando a competição em outros setores agrícolas e prejudicando as regiões onde as economias são mais dependentes da produção algodoeira.
"Entendemos que podemos continuar com o novo regime até que um outro, reformado, seja adotado", disse o porta-voz da Comissão Européia (o órgão executivo da UE) para a agricultura, Michael Mann. "O que importa é que os princípios básicos da reforma não foram questionados."
A Espanha e a Grécia são os dois principais produtores de algodão na UE a Grécia responde por 80% da produção européia, com 1,55 milhão de toneladas por ano. Mesmo assim, a participação européia na produção mundial de algodão é pequena a maior produção é a da China, seguida pela dos Estados Unidos.
Desaprovação de Lula e inelegibilidade de Bolsonaro abrem espaços e outros nomes despontam na direita
Moraes ameaça prender Cid em caso de omissão na delação: “última chance”
Como fica a anistia após a denúncia da PGR contra Bolsonaro; ouça o podcast
Moraes manda Rumble indicar representante legal no Brasil, sob risco de suspensão
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast