A Usiminas vai suspender as demissões programadas para a Usina de Cubatão até a sexta-feira da semana que vem (dia 5). A decisão atende a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que na quinta-feira (28) à noite realizou uma audiência com sindicalistas e representantes da empresa.
Na reunião, a relatora do processo, desembargadora Ivani Contini Bramante, teria determinado ainda a retomada das negociações. O presidente do sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, Alvemi Cardoso Alves, afirma que já está marcada uma reunião entre sindicato e a siderúrgica para a próxima segunda-feira (dia 1º). "Do dia 23 (de maio) para cá aconteceram 244 demissões e vamos discutir o retorno de vários deles, pois eles têm garantia de emprego por causa de problemas de saúde", disse Alves, completando que desde janeiro deste ano o total de demissões chega a 800 operários.
Em nota, a Usiminas informou que além de aceitar suspender novos desligamentos até o dia 5 de junho, a empresa aceitou avaliar outras medidas, como a redução da jornada de trabalho, com a respectiva redução salarial.
Empreiteiras
Cerca de um mil trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) decidiram em assembleia realizada ontem à noite, manter a greve nas empreiteiras de Cubatão. A categoria tem 4 mil trabalhadores nas 18 empreiteiras que prestam serviço à Usiminas. No entanto, muitos deles, segundo o próprio sindicato, furaram a greve, que entra hoje em seu terceiro dia
Os trabalhadores baixaram o pedido de reajuste de 10% para 8%, mais a participação nos lucros ou resultados (PLR) equivalente a um salário nominal. No entanto, a última contraproposta dos empregadores, recusada pelos operários, foi de 5,9% de reajuste.