O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu a progressão do regime fechado para o semiaberto ao banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, segundo decisão da juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, em exercício na Vara de Execuções Penais do Rio.
Cacciola, que era dono do banco Marka, foi condenado a 13 anos de prisão, em 2005, pela prática de crimes contra o sistema financeiro, entre eles, peculato e gestão fraudulenta, de acordo com informações do TJ. Os advogados do banqueiro ainda não foram localizados.
Cacciola está preso em Bangu, presídio de segurança máxima na zona oeste do Rio. Conforme informou a juíza, por meio de nota, o banqueiro cumpriu 1/6 da pena em 7 de outubro de 2009 e não cometeu qualquer falta de natureza grave, "preenchendo os dois requisitos previstos no artigo 112 da Lei de Execução Penal".
Histórico
Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão sob a acusação de ter cometido crime de gestão fraudulenta de instituição financeira enquanto dono do Banco Marka. De acordo com o processo, ele teria coordenado uma operação de socorro irregular do Banco Central que teria causado um prejuízo de R$1,5 bilhão aos cofres públicos.
Preso preventivamente em 2000, Cacciola se beneficiou de um habeas corpus para ir para a Itália, onde tem cidadania, de onde não voltou mais, mesmo tendo a prisão decretada novamente. Em 2008, foi preso mais uma vez e, desde então, cumpre pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, o Bangu 8, no Rio.